RESUMO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS
CERTIFICADO COMO PREMIAÇÃO PARA PAINEL MAIS VOTADO...
ANÁLISE ODONTOLÓGICA DE DETALHES ANATÔMICOS INCISAIS E OCLUSAIS, EM ESPECIAL “FLOR DE LIS”, PARA IDENTIFICAÇÃO FORENSE – RELATO DE CASO.
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Alexandre Gonçalves Barbosa de CASTRO, Malthus Fonseca GALVÃO, Cláudio Hamu de MELO, Cynthia Piedade Baptista Torres de OLIVEIRA1, Elvis Adriano da Silva OLIVEIRA , Aluísio TRINDADE FILHO.
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RESUMO A identificação humana é feita pela análise das particularidades de cada indivíduo, inclusive odontológicas, a qual consiste em um método que necessita de documentação prévia ante mortem de qualquer natureza, mas que contenha características específicas e individuais sobre o periciando a ser identificado. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de identificação cadavérica cujo componente principal foi a comparação de dois modelos ortodônticos fornecidos pela família, com as peculiaridades dos arcos dentais do cadáver, demonstrando inúmeras coincidências e nenhuma divergência excludente. Nesta comparação, foram evidenciados detalhes anatômicos das bordas incisais, em especial a “flor de Lis” no dente 12 e das faces oclusais que foram suficientes para a identificação do desaparecido.
IDENTIFICAÇÃO POSITIVA UTILIZANDO RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS - RELATO DE CASO PERICIAL
Alexandre G. B. CASTRO; Cristofer D. B. MARTIN; Maurício O. SILVA; Roberta B. G. Pena; Rodrigo N. A. FONSECA; Ricardo O. SILVA
Diante de casos complexos de identificação humana, como cadáveres em estado de esqueletização, a aplicação de técnicas odontológicas, dentre elas as radiológicas, ajudam a estabelecer a identidade de uma pessoa desaparecida. Neste sentido, a existência e obtenção de registros ante mortem de uma vítima, pode se tornar uma possibilidade rápida e de baixo custo para a realização da sua identificação, sendo essa perícia subsidiada nas diferentes evidências presentes, não importando necessariamente o número de convergências6. O objetivo deste relato é apresentar um caso pericial, demonstrando a importância dos registros radiográficos periapicais ante mortem para a identificação positiva de uma ossada, discutindo os aspectos semelhantes e dissemelhantes entre esses registros e radiográficas tiradas da ossada. A metodologia utilizada para identificação foi uma análise comparativa entre as imagens extraídas da documentação odontológica ante mortem (AM) e as adquiridas e editadas da ossada (PM). CONCLUSÃO: A documentação odontológica - radiografias periapicais - e as radiografias digitais da ossada foram suficientes para identificação positiva deste caso, cuja metodologia foi a comparação ante e post mortem.
IDENTIFICAÇÃO HUMANA AUXILIADA POR COMPARAÇÃO PROSOPOGRÁFICA - RELATO DE CASO PERICIAL
Alexandre G. B. CASTRO*; Malthus Fonseca GALVÃO
Podemos conceituar a identificação humana como um processo pelo qual se estabelece a identidade de uma pessoa, distinguindo-a de todas as demais. Segundo Bilge et al., seu objetivo final, a elucidação e o esclarecimento de um fato, tem recebido contribuições da ciência moderna. Segundo Carvalho et al., na identificação humana em odontologia legal, é importante que haja um refinamento de técnicas e a incorporação de novas tecnologias. Portanto, o profissional em odontologia legal pode optar pelo método que melhor preencha as características necessárias para o sucesso da identificação que estiver realizando, tomando o cuidado na aplicação correta da técnica e na interpretação precisa das informações obtidas. Vários são esses métodos: exames de DNA que servem para identificação humana em várias situações (estupro, identificação de cadáveres), exames radiológicos; prontuários odontológicos, entre outros.Segundo Miyajima et al., o tipo de exame selecionado deve ser tecnicamente viável e adequado para aquela tarefa, nunca se esquecendo de considerar e, portanto, relevar fatores temporais, logísticos, como também de custo financeiro. Dentre essas técnicas está a prosopografia que etimologicamente significa a "descrição de uma pessoa". Entretanto, nos conceitos modernos, principalmente utilizados no Brasil, prosopografia é a ciência responsável pelos exames faciais, ou seja, o confronto de imagens faciais, de fotografias ou vídeos, no intuito da produção de provas materiais. CONCLUSÃO: com base nos elementos técnicos obtidos na perícia, pode ser aferido que existe compatibilidade entre os achados nos exames periciais com as informações oferecidas pelos supostos familiares. A comparação prosopográfica realizado auxiliou na Autoridade Policial a inferir na identificação positiva, sendo essa uma possibilidade a ser utilizada pelo perito em odontologia legal.
IMPLANTES DENTÁRIOS E SEU PLANEJAMENTO COMO FERRAMENTA PARA IDENTIFICAÇÃO FORENSE - RELATO DE CASO PERICIAL
Alexandre G. B. CASTRO; Cristopher D. B. MARTINS; David H. BORGES; Diogo LUCENA; Marcus G. SANTOS; Rodrigo N. A. FONSECA; Roberta B. G. PENA.
Uma das áreas da Antropologia Forense, é a identificação de pessoas. Como conceito, a identidade representa a qualidade de idêntico, os caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa, enquanto a identificação é o ato de identificar. Isso se dá com a busca do real e verdadeira informação dos dados de um indivíduo, procurando caracterizá-lo da forma mais precisa. Na identificação cadavérica, a existência de elementos odontológicos ante mortem registrados nos arcos dentários do desaparecido, passíveis de comparação com os encontrados no cadáver examinado, é imprescindível. Dentre estes elementos, os descritos ou registrados nos documentos odontológicos têm sido amplamente empregados. A introdução de implantes dentários, sendo um procedimento cirúrgico, possui riscos. Portanto para um correto planejamento, é necessário a utilização de exames imagiológicos, como a tomografia. Essas fornecem ao operador detalhes importantes de estruturas anatômicas6 e 7 e servem como fonte de dados para uma possível identificação forense. O objetivo da presente perícia é realização de EXAME DE IDENTIFICAÇÃO HUMANA, confrontando as imagens dos exames imagiológicos da documentação odontológica do desaparecido (PADRÃO), com as imagens tomográfica realizadas no IML dos restos mortais (QUESTIONADO) no intuito de identificar o cadáver. As semelhanças encontradas na análise comparativa das imagens extraídas da documentação odontológica e daquelas adquiridas e editadas dos restos mortais foram suficientes para identificação positiva da vítima, sendo um método prático e rápido de identificação forense.
Análise do fechamento da sincondrose esfeno-ocipital; maturação das vertebras cervicais; mineralização e desenvolvimento dentário, no auxílio para estimativa da idade - Relato de caso pericial.
Alexandre G. B. CASTRO*; Aldair N. ALMEIDA *; Cristofer D. B. MARTIN*; David H. BORGES *; Ivailton F. GOMES**; Marcus G. SANTOS*
A perícia é um procedimento especial de constatação, prova ou demonstração científica, relacionado com a veracidade de uma situação. Dentre os processos de identificação, a estimativa da idade é uma das mais utilizadas. No caso de esqueletos, essa estimativa é utilizada para auxiliar na identificação quando o reconhecimento não é possível por outros métodos. São várias as metodologias para a estimativa de idade e a escolha dependerá das circunstâncias e de quão preciso o diagnóstico da idade deve ser no caso em apreço. O desenvolvimento ósseo e dentário pode auxiliar nessas identificações forenses, assim como o fechamento da sincodrose esfeno-ocipital pode ser um indicador biológico do início da puberdade e contribuir para seu uso como um indicador da idade cronológica. O objetivo da estimativa da idade é inserir o organismo dentro de uma determinada época, definindo um limite máximo e mínimo de tempo de vida. Devido essa limitação, a procura por um desaparecido fica restrita a uma determinada população, otimizando assim a busca para identificação forense. No caso, para um intervalo menor para estimativa da idade, foram utilizadas imagens de TC que viabilizaram outras análises como o fechamento da sincondrose esfeno-ocipital; maturação das vértebras cervicais; mineralização e desenvolvimento dentário. Pela acessibilidade a técnicas mais avançadas de imagens neste Instituo, como tomografia computadorizada, foram possíveis análises com técnicas mais precisas para estimativa da idade. A análise do fechamento da sincondrose esfeno-ocipital; maturação das vertebras cervicais; mineralização e desenvolvimento dentário; puderam limitar de forma mais precisa a estimativa da idade, otimizando assim a busca do desaparecido e sua identificação forense.
O PODER DAS ARMAS BIOLÓGICAS
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Anne OLIVEIRA, Leonardo SANTOS, Jackson SANTANA
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Bioterrorismo é recente, e usado quando há liberação intencional de microrganismos e seus derivados tóxicos ao ser humanos, animais ou plantas. O termo bioterrorismo é relativamente novo e foi aderido aos dicionários devido ao ataque ocorrido em Nova Iorque com esporos de Bacillus anthracis, bactéria encapsulada Gram positiva em forma de bastonete e causadora do carbúnculo. Inúmeros microrganismos podem ser usados como armas biológicas, à exemplo de vírus, bactérias, fungos, entre outros, e sua eficácia não depende somente da virulência, sendo que os mesmos podem estar presentes no ar, água ou alimentos. Há ausência de políticas fortes e eficazes de biossegurança no Brasil, quando avaliado o aspecto de combater ataques bioterroristas existindo, deste modo, uma necessidade de maior motivação para pesquisadores das diversas áreas multidisciplinares serem motivados a abordarem o tema e, possivelmente, criarem políticas de segurança.
A utilização do programa de identificação criminal da PCDF, Horus.NET, na identificação forense com confronto de tatuagens – Relato de caso pericial
Alexandre G. B. CASTRO; Aluísio TRINDADE FILHO, David H. BORGES; Ricardo C. FRADE NOGUEIRA; Rodrigo N. A. FONSECA.
É importante a identificação forense de forma eficaz, sobretudo no que tange à área penal, e, tendo em vista a individualização de cadáveres sendo cada vez mais frequentes nos IML´s. A identificação é uma prova material incontestável em, faz-se necessária uma busca constante por procedimentos que possibilitem uma identificação precisa e com baixo custo, de vítimas de crimes violentos. Para o procedimento de identificação é imprescindível que haja um método capaz de estabelecer uma relação unívoca entre os elementos em questão, criando um conjunto de caracteres próprios que possam diferenciar pessoas ou coisas entre si, Afinal, mais do que apenas reconhece ruma pessoa, é preciso individualiza-la, estabelecendo uma identidade. As tatuagens se destacam pela importância policial e médico legal, quer no vivo, quer no cadáver, pois erma excelentes marcas para a identificação física. Constituíam sinais de identidade particular, pois indicavam o passado, os costumes e a profissão do indivíduo. Os antropologistas reconheciam que a tatuagem era um modo de ser identificado individualmente ou como participante de um grupo. Profissionais que habitualmente executavam necropsias, identificavam as tatuagens na perspectiva médico legal, como marcadores de identificação, especialmente em casos de desconhecidos ou ignorados. CONCLUSÃO: Ações como a biometria e a identificação documental de custodiados devem ser incentivados, uma vez que estes fazem parte de uma população que frequentemente é vítima de mortes violentas, muita das vezes sem identificação. Os dados fornecidos por esses programas, dentre eles, imagens de tatuagens que servem de dados ante mortem para comparação e possível identificação forense de cadáveres não identificados.
Psicologia Forense e sua Relevância na Perícia Criminal
Jackson Henrique Emmanuel de SANTANA Maria da Conceição de Carvalho Coelho KRAUSE Cássio Thyone Almeida de ROSA
A Psicologia Forense estuda diversos aspectos dos criminosos, o quanto esse conhecimento pode auxiliar um perito de locais de crime é uma importante indagação feita, quando na tentativa de associar este e outros conhecimentos à função do Perito Criminal. A psicopatia é uma das denominações mais importantes em psicologia forense, sendo este distúrbio comumente relacionado com crimes violentos. Muitas características de indivíduos psicopatas podem se refletir na cena do crime através dos denominados Vestígios Psicológicos ou Comportamentais, a exemplo de crimes em série no qual o “serial killer” tende a seguir rituais que se repetem de um crime para outro. Este artigo busca analisar alguns conceitos básicos de psicologia e da psiquiatria forense e associar a importância destes com o trabalho do perito criminal de cena de crime, quando na análise de vestígios comportamentais, e servir como uma fonte de estudo para peritos e outros usuários da ciência forense. Instituição responsável pelo trabalho: IML-DF
PERFIL DA VIOLÊNCIA SEXUAL NO DISTRITO FEDERAL NOS ANOS DE 2011 A 2017
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ANA PAULA GOMES; ANA CAROLINA HORTENCIO GARCIA; PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ; DIÓGENES ALVES DE MORAIS; CRISTOFER DIEGO BERALDI MARTINS; CYNTIA GIOCONDA HONORATO SOBREIRA
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Trabalho científico (resumo para publicação - máxima 400 palavras): A violência sexual é um dos mais degradantes tipos de violação dos direitos humanos que expõe a vítima a consequências físicas e psicológicas severas. Pouca informação acerca do estupro é conhecida no Brasil em termos de regularidade temporal e espacial, prevalência e fatores inerentes, o que ocorre principalmente pela indisponibilidade de dados e informações precisas. A Lei 12.015/09 passou a definir o crime de estupro como: “constranger, alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. No cenário atual, pouca informação foi produzida a respeito da incidência e prevalência do estupro. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de incidência da violência sexual por gênero e faixa etária, abrangendo as regiões administrativas do Distrito Federal, a partir da análise dos relatórios técnicos originários de crimes sexuais ocorridos no período de 2011 a 2017. Foi realizado um estudo retrospectivo, com abordagem quantitativa e de caráter exploratório e transversal. Para isso, foram utilizados os dados estatísticos e os laudos de atos libidinosos com lesão corporal relatados no período de 2011 a 2017 que estão armazenados no Sistema SICOLA (Sistema de Controle de Laudos) do Instituto de Medicina Legal - IML Leonídio Ribeiro. Após a coleta dos dados foram realizadas análises estatísticas e os resultados foram expressos pela diferença entre as médias, considerando a margem de erro e o desvio padrão. De 2011 a 2017 foram realizados 10.075 exames para constatação de atos libidinosos e lesão corporal. Destes, 8515 eram de vítimas do sexo feminino e 1560 do sexo masculino. A média anual de exames realizados nesse período foi de 1452,85 ± 121,57. A faixa etária de 0 a 14 anos apresentou maior número de registros/ano (1007,14 ± 101,24). Em relação à região administrativa com maior número de registros, Ceilândia aparece em primeiro lugar com 52,3%, seguido do Gama (24,6%) e Samambaia (16,2%). A realização desse tipo de estudo contribuirá para o estabelecimento de políticas públicas mitigadoras efetivas com focos no controle e prevenção da sua prevalência, regularidade temporal e espacial e fatores subjacentes.
ANATOMIA SIMULADA: CORPO RESISTENTE A ACIDENTE AUTOMOBILISTO COM COLISÃO FRONTAL
Raphael Lopes Olegário, Pedro Victor Nogueira de Souza, Juliete Albuquerque de Araújo, Elaine Cristina da Silva Brandão, Hemerson da Silva Cruz, Luanna Almeida de Souza
INTRODUÇÃO: O corpo humano é constituído por inúmeras células que apresentam formas e funções definidas. Além disto, existem os tecidos, órgãos e sistemas, os quais funcionam de modo integrado, proporcionando ao organismo a possibilidade de sobreviver a diverso fatores nocivos. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo a criação de um modelo gráfico hipotético de corpo humano capaz de sobreviver a um acidente automobilístico em colisão frontal. MÉTODOS: Reuniram-se grupos de estudiosos da área de biomecânica do trauma para coleta de informações a respeito das necessidades anatomofisiológicas de um organismo para sobrevivência a uma colisão frontal em veículo automotor sem sequelas. Posteriormente, realizou-se uma seletiva com estudantes para elaboração de um modelo gráfico computacional de corpo adequado para realidade proposta. Em seguida, exibiu-se o modelo em duas exposições relativas à Anatomia Humana. Como avaliação, realizou-se uma pesquisa quantitativa exploratória com todos que tiveram acesso ao modelo. RESULTADOS: Foi possível desenvolver um modelo hipotético capaz de sobreviver às lesões de um acidente automobilístico. Determinadas estruturas foram alteradas a fim de adequação do modelo. Para avaliação, foram entrevistados n = 58 indivíduos. (n = 52 classificaram em bom, n = 3 em ruim e n=3 nulo). CONCLUSÃO: Pode-se concluir que o conhecimentos relativos a biomecânica do trauma, assim como elaboração de modelos hipotéticos podem auxiliar na compreensão da complexidade do organismo e auxiliar para futuros estudos na área.
Impressões costais nos pulmões: diferentes mecanismos de produção -
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Resumo
Medicina Legal (ML) é a ciência e arte que tem por objetivo a investigação de fatos médicos e biológicos empregando recursos atualizados disponíveis em todas as áreas do conhecimento técnico e científico. O presente estudo foca especificamente discorrer sobre as impressões costais que os pulmões podem apresentar segundo os diversos mecanismos de sua produção.
O primeiro deles pode se dar por asfixia indireta que se traduz pela compressão, em grau suficiente, do tórax e do abdome, que impede os movimentos respiratórios, levando consequentemente à asfixia. É conhecida como congestão compressiva de Perthes (FRANÇA, 2012). Além disso, a asfixia mecânica por afogamento representa outro método de produção de impressões costais pelo aumento do volume dos pulmões que se entrecruzam na porção anterior encobrindo o coração e, quando retirados, mostram-se com marcas de costelas (FRANÇA, 2012).
Outro mecanismo semelhante ao anterior pode justificar tais lesões: trata-se da hipertensão pulmonar que se traduz por uma síndrome clínica complexa cuja característica principal é o aumento da pressão arterial pulmonar (GALIE et all. 2004).
Por fim, o blast injury é um conjunto de manifestações violentas produzida pela expansão gasosa de uma explosão potente, acompanhada de uma onda de pressão ou de choque que se desloca brusca e rapidamente numa velocidade muito grande, a pouca distância da vítima. O “blast” pulmonar é muito comum e apresenta-se com hemorragia capilar difusa dos lobos médios e inferiores e equimoses subpleurais, e suas vítimas têm escarros hemoptoicos. Os alvéolos ficam distendidos e rotos, podendo os pulmões apresentarem impressões costais na sua superfície (FRANÇA,
2012).
Lesão vascular de artéria tibial posterior por ação pérfurocortante: um estudo de caso
Resumo.
A traumatologia Médico Legal estuda as lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano, nos seus aspectos do diagnóstico, do prognóstico e das suas implicações legais e socioeconômicas (FRANÇA, 2012).
O presente estudo objetivou analisar um estudo de caso ocorrido no Distrito Federal, no qual uma vítima do sexo masculino sofreu uma lesão cortante na perna direita, causando intenso sangramento, levando-o à morte.
O sistema circulatório é composto pelo sistema vascular sanguíneo e pelo sistema linfático. O membro inferior apresenta apreciável parcela de massa tecidual do corpo, necessitando assim copiosa irrigação, que é distribuída por troncos arteriais principais e suas ramificações (GARDNER, 1980).
A artéria responsável pela nutrição da região da perna é a artéria tibial posterior, por seu tronco e seu importante ramo: a artéria fibular.
Os meios ou instrumentos de ação pérfurocortante são provocadas por instrumentos de ponta e gume, atuando por mecanismo misto: penetram perfurando com a ponta e cortam com a borda afiada os planos superficiais e profundos do corpo da vítima.
Agem por pressão e por secção (FRANÇA, 2012). A vítima em tela veio à óbito devido ao choque hipovolêmico, que se deu por ação pérfurocortante, por ação do fragmento de vidro que compunha especificamente a porta de vidro que o mesmo chutou. A causa jurídica de morte foi acidental, tendo-se descartado a tentativa de autoextermínio (suicídio) ou homicídio.